em 1 de agosto de 2025 por Tismoo.me,
A importância do uso correto da medicação no Transtorno do Espectro Autista (TEA) / Tismoo

A importância do uso correto da medicação no transtorno do espectro autista (TEA)

O tratamento farmacológico no Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem como objetivo o controle de sintomas associados e comorbidades frequentes, como irritabilidade, ansiedade, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), distúrbios do sono, comportamentos estereotipados e alterações de humor. É fundamental destacar que não existe uma medicação específica para “curar o autismo”, mas sim para melhorar a qualidade de vida da pessoa autista por meio do manejo adequado dos sintomas.

A eficácia do tratamento está diretamente relacionada à adesão correta à prescrição médica. Entretanto, para que esses medicamentos tenham o efeito esperado, é fundamental que sejam administrados corretamente, o que envolve mais do que apenas seguir a prescrição: trata-se de um conjunto de cuidados que garante a eficácia do tratamento e a segurança do paciente.

A seguir, destacam-se recomendações essenciais para o uso seguro e eficaz da medicação no TEA:

  • Respeite rigorosamente o horário, a dose e a posologia indicados na receita médica. Tomar o medicamento fora do horário ou em quantidade diferente pode comprometer os resultados terapêuticos e aumentar o risco de efeitos adversos.
  • Estabeleça uma rotina para a administração da medicação, sempre que possível em horários fixos e, preferencialmente, após as refeições — salvo recomendação médica diferente.
  • Evite administrar a medicação com sucos ou refrigerantes, pois podem causar reações químicas ou reduzir a eficácia do fármaco. Use apenas a quantidade mínima de água necessária para a ingestão.
  • Mantenha os medicamentos em sua embalagem original (blister). O contato com ar, umidade e luz pode alterar a composição da substância e comprometer sua ação.
  • Armazene os medicamentos em local seco, arejado e fora do alcance de crianças. Nunca exponha os frascos ao sol direto nem os deixe em ambientes úmidos, como banheiros.
  • Não utilize medicamentos vencidos. Verifique sempre a data de validade antes do uso.
  • Não administre vários comprimidos de uma vez, mesmo em casos de esquecimento. A automedicação ou a compensação de doses perdidas pode causar intoxicações ou reações adversas graves.
  • Adapte a forma de administração em caso de dificuldades: caso a pessoa autista tenha problemas para engolir comprimidos ou rejeite o sabor e a textura do medicamento, converse com o médico sobre a possibilidade de utilizar formulações em gotas, líquidos ou manipuladas.
  • Conte com apoio de profissionais de saúde e cuidadores. Dificuldades motoras, sensoriais ou cognitivas podem interferir na adesão ao tratamento, sendo importante o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar.

Atenção! Qualquer alteração no comportamento, efeitos colaterais como sonolência excessiva, agitação, distúrbios gastrointestinais ou reações alérgicas devem ser imediatamente comunicados ao médico que acompanha o caso. Somente o profissional pode avaliar a necessidade de ajustar a medicação ou buscar alternativas terapêuticas mais adequadas.

Referências: