em 8 de agosto de 2025 por Tismoo.me,
Colesterol e Autismo: como prevenir / Tismoo

Colesterol e Autismo: como prevenir

O colesterol é um tipo de gordura naturalmente presente em todas as células do corpo. Ele é essencial para a produção de hormônios, vitamina D e para a formação das membranas celulares. Porém, quando está em níveis elevados, especialmente o colesterol LDL (conhecido como “ruim”), pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e aterosclerose.

Existem dois tipos principais de colesterol: o HDL (High Density Lipoprotein), conhecido como “colesterol bom”, que ajuda a remover o excesso de gordura das artérias; e o LDL (Low Density Lipoprotein), o “colesterol ruim”, que pode se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos e provocar entupimentos.

O que causa o aumento do colesterol?

O aumento do colesterol no sangue, chamado de dislipidemia ou hipercolesterolemia, geralmente não apresenta sintomas visíveis e só pode ser detectado por meio de exames laboratoriais.

As principais causas incluem:

  • Má alimentação (rica em gorduras saturadas e trans);
  • Sedentarismo;
  • Excesso de peso;
  • Tabagismo;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Hereditariedade (histórico familiar);
  • Doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial;
  • Uso de certos medicamentos.

Além disso, fatores como estresse, envelhecimento e menopausa em mulheres também podem contribuir para o aumento do “colesterol ruim”.

Como o colesterol afeta pessoas com autismo?

Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem ter um risco maior de desenvolver alterações no colesterol devido a algumas particularidades:

  • Seletividade alimentar: indivíduos com TEA muitas vezes apresentam aversão a certos alimentos por causa da textura, cor ou sabor. Isso pode resultar em uma dieta restrita e pobre em nutrientes, com maior consumo de alimentos industrializados e processados.
  • Uso de medicamentos: alguns fármacos utilizados no tratamento de sintomas comportamentais do autismo, como antipsicóticos, podem alterar o metabolismo e contribuir para o aumento do colesterol e dos triglicerídeos.
  • Condições genéticas associadas: algumas síndromes relacionadas ao autismo, como a Síndrome de Rett, podem interferir no metabolismo lipídico e favorecer a elevação do colesterol.
  • Estilo de vida sedentário: a falta de atividades físicas regulares, comum em alguns casos, também pode ser um fator de risco para dislipidemias.

Esses aspectos tornam ainda mais importante o acompanhamento médico e nutricional regular da pessoa autista.

Como prevenir o colesterol alto em pessoas com autismo?

A prevenção do colesterol alto exige um conjunto de cuidados diários e uma abordagem individualizada, especialmente quando se trata de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). É fundamental respeitar as preferências sensoriais e as necessidades específicas de cada indivíduo, promovendo hábitos saudáveis de forma gradual e adaptada à sua realidade.

Manter uma alimentação equilibrada é uma das estratégias mais eficazes na prevenção e controle do colesterol. Deve-se incentivar o consumo diário de frutas, verduras e legumes variados, que são ricos em fibras, vitaminas e minerais essenciais ao bom funcionamento do organismo. Além disso, é importante incluir grãos integrais, como arroz integral, aveia, milho e pães feitos com farinha integral, que ajudam a regular os níveis de gordura no sangue.

As carnes magras, como frango sem pele e cortes magros de boi ou porco, devem ser priorizadas. Também é altamente recomendado o consumo frequente de peixes ricos em ômega-3, como salmão, sardinha, atum e cavalinha, pois esses alimentos contribuem para a proteção cardiovascular e ajudam na redução do “colesterol ruim” (LDL).

No preparo das refeições, deve-se dar preferência ao uso de azeite de oliva extra virgem e outros óleos vegetais saudáveis, como o óleo de canola, que são fontes de gorduras boas. Por outro lado, é essencial evitar alimentos que favorecem o aumento do colesterol, como embutidos (presunto, mortadela, salame, salsicha), frituras, doces com gordura hidrogenada (como bolos recheados e sobremesas industrializadas) e bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos artificiais.

Para pessoas com TEA que apresentam seletividade alimentar ou aversão a certas texturas e sabores, é possível adaptar a apresentação dos alimentos de forma criativa e lúdica. Uma alternativa eficaz é preparar vegetais e frutas em formatos mais atrativos, como chips assados de batata-doce, maçã ou banana com canela. Essas estratégias podem aumentar a aceitação alimentar e tornar as refeições mais agradáveis, contribuindo diretamente para uma dieta mais saudável e variada.

Referências